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Mostrando postagens de 2007

Teimo em t'aime.

Hoje eu faço uma prece A qualquer santo Que queira ouvir. Desculpe! Sei só sei dizer De Africâner há Zulu O que todo mundo sabe Viver! Que meu o coração bate O rosto se esconde E o sorriso é incerto Com toda timidez. Mas pra que me serve Essa peculiaridade? Se só quem ouve, São as mãos postas em oração E os olhos fechados Com a cabeça virada pro céu, Pedindo perdão. Não tenho pra quem Escrever ou falar! Ainda não sei se devo sentir Nem querer. Só sei que de pobre corpo solitário Passei a amar. E com alma calma dei pra cantar, Trazer flores pro altar Pra esse sentimento Escondido e não correspondido Que me envolve de você, Deus possa ajudar a vingar. (Para quem já sabe o que "não" sei sentir).

HardCoeur

Senti por um momento A sensação de que teu abraço Foi o melhor abraço. Na lembrança o perfume Seu sorriso chega de repente Sem anunciar. E agora nem sei mais o que fazer. Tatuada na pele, A saudade persegue! Toda colorida esta a me Desenhar. É forte a imagem E não quer me deixar. Tuas canções, seus gritos Foram meu céu, naquela noite Do Rio. Sinto falta, Não posso falar... Hoje você é feliz Nos braços que escolheu Estar.

Dezembros

Três cartas diferente Mas uma só Devo escolher. Eu quero aquela que Revele o que sinto Por você. Todas às vezes que A fórmula foi usada O fato já estava consumado E o amor perpetuado. Mas nesse momento Tenho que decidir Qual a intenção Simples que eu Quero viver.

Cotidiano

Senhorita Saudade acorda Com Elvis, Toma café da manhã Com Gil, Corre pro almoço Com Chico, Pega o ônibus Com Coltrane, Estuda Com Piaf, Sorri no trajeto de volta Com Beatles. Chegando em casa procura E procura um sinal de fumaça! Mas não encontra. Por onde andará o desconhecido, Que dela fez cantar o coração e Destravou o riso? Senhorita Saudade dorme Para na cama, sobre o travesseiro Chorar Miles e começar outra vez.

My Request

Deixe-me ser seu desejo escondido. Que por trás desse novo sorriso SEU E MEU Eu consiga dizer Que todas as rimas de agora Nascem de você. Me leva, deixa eu te abraçar e existir. Eu sei que podemos não dar certo. Mas me encha, Me encha de coragem. Só basta deixar. Estenda seu ombro pra minha cabeça repousar. Sei que não é o suficiente Nossas dúvidas Minhas intenções, As conversas e todo Todo o mundo em mim Quer isso. Agora é sua vez de tentar. (Para notar)

14 de setembro

É meu aniversário, E não sinto nada. Antes era uma importante Data. De anos pra cá é apenas uma Vaga, Lembrança do que já foi. Espero abraços e felicitações, Quem sabe algumas ligações. Na hora do bolo Como todos os anos, Ao soprar as velas, Peço... Amigos sinceros E um amor eterno.

Tempo Brusco

Eu que pensei que de Sofrimento pouco A vida já da o troco. Daí vem o tal calor Que nasce interno E ruboriza o rosto Numa vermelhidão Que descolori o rosto Até de quem quer cor. Se canta e samba E ri de tudo, feito Palhaço no picadeiro Com seus trejeitos A encantar um público Que é formado pelos Olhos de quem se iludi Com um novo amor E acaba por não ver. (poeta que acha que sofrer é amar de mais. Dedicado a você) *Tempo brusco: gíria curitibana para clima nublado, fechado e escuro.

Cafuné

Não sei viver Sem seu riso fácil Sem seu cheiro tátil Sem sua vida livre. Sorria! Por favor, Sorria! E estampe em minha Pele a sua alegria Inocente e vadia.

Quadrilha

Eu fiz uma fogueira Fora do mês E usei de combustível suas cartas E seu amor burguês. Em meio ao pranto, A fuligem e as cinzas De uma guerra interna Quente e fria. Meu rosto que era corado Agora sujo, suado e cansado Ficou acinzentado. E mesmo depois De ter terminado Eu ainda podia ver as brasas De um coração que Lutou, matou e amou, Mas foi derrotado.

De trapo em trapo (A costureira)

Todos os dias acho no chão Um retalho. E esse pedaço de trapo Muitas vezes usado Fez pra aplacar o meu frio Uma colcha de amor-em-pedaços Que aquece os dias nublados Como os antigos olhares cruzados. Hoje à noite eu costuro Um pedaço do seu Amor encantado. (para Daniel Viana, a única pessoa que me faz voltar a escrever) Copyright @ Carmo Senna, 2007

De trpao em trapa (A custureira)

Todos os dias acho no chão Um retalho. E esse pedaço de trapo Muitas vezes usado Fez pra aplacar o meu frio Uma colcha de amor em pedaços Que aquece os dias nublados Como os antigos olhares cruzados. Hoje a noite eu custuro Um pedaço do seu Amor encantado. (para Daniel Viana, a única pessoa que me faz voltar a escrever)

Aprender

Não me permito ser assim Frio até no momento do adeus Sozinho quando se quer perto Fechado, calado... Se eu virar esse menino Nunca aprenderei a crescer E a falta que faz crescer Nos leva a pensar, que isso É só mais um modo de ver Que nem sempre devemos brigar, Nem sempre devemos amar E muito menos nos entregar Se olharmos pro lado E ver olhos chorando por nós Podemos ter certeza, que não vale A pena não se deixar. Copyright @ Carmo Senna, 2007

Profil

Quando eu vi Desesperei-me Minhas fotos, suas fotos. Sumimos em imagens e presenças Que eram fortes e mesmo assim Efêmeras. E o que dá raiva, não é Não me ver em imagem É não agüentar essa Mínima coisa. Simplesmente chorar Pelo telefone que não toca E quando não é mais Você não é mais “One”. E eu olho ao redor e vejo Um baralho de cartas espalhado, Um armário onde não me acho Uma total inutilização de mim Que dói... Mas enfim dói o que? Se afinal tudo na vida É libertador e sou eu, Apenas eu, Que tento me prender. Copyright @ Carmo Senna, 2007

Retratos

Somos muito parecidos O seu branco e preto e O meu colorido. Mas veio a chuva e manchou Mesclando as cores das fotos Umas as outras. Por que nos esquecemos no quintal Em meio a um torrencial? E quanto aos Nossos sonhos de crescimento Estraguei num. Verso bom Pra nele entender Que eu não cresci E nem você. Copyright @ Carmo Senna, 2007

Lettera

Aumenta o som Dos batimentos cardíacos E o que era rosa São apenas espinhos Todos choram por desespero É quando mais esperaram o Apoio verdadeiro. Mais vezes as pessoas Subtraem-se em nuvens de Pensamento. Lágrimas é o remédio, Mas não tem efeito analgésico E quando se descobre apaixonado A palavra traduzida em sentimento Fica menos exposta e mais medrosa. A dor é aguda E todo bom mentiroso Que ama, outro, tanto Chega a temer sua voz De embargo, sua aflição Camuflada de raiva por Erros feitos, E amados nossos... E nesse momento de espasmo Entre a verdade e a mentira Eu fugitivo me encontro No canto vazio do quarto Sem você a me proteger E envolver em Abraços. Copyright @ Carmo Senna, 2007

Parceiro A[tra]tivo

Eu dedilhava, eu desenhava. Uma imagem suada Que me comprimia Contra o colchão Contra os travesseiros Daquele quartinho [Lusco fusco Frente verso Meio a meio Nu deitado entre mim E o espelho] Sexy!! Gritavam os Gemidos de todos Os outros quartos Mas só o nosso vibrava Sua mão falava Descrevendo um Conto divertido no meu corpo Quente, irreverente Mas completamente envolvente MENTE CORPO SANGUE, PERNA BRAÇO, POSIÇÃO SUOR, LAMBIDA BOCA, SALIVA [Lusco fusco Frente verso Meio a meio Nu deitado entre mim E o espelho] Gritando em nossas Quatro paredes... Copyright @ Carmo Senna, 2007

Avec solidão

Hoje fiz de mim Bicho ferido Fera assustada Humano sem riso Entendi que fica bonito Crescer, mas será certo? Todo gostar necessita de Fuga, mentira, carinho. De dois corpos orbitando No mesmo espaço... O meu corpo antes samba Na Lapa dos amantes Hoje é só choro no morro. Sem lirismo, sem intensidade Sem correspondência Não sou mais um coração para o Carnaval, sou uma triste melodia Para toda e eterna quarta de Cinzas. Copyright @ Carmo Senna, 2007

Eu grão de estrela Sentada na lua cheia Contemplo as escolhas Dos olhares apaixonados Dos amigos inusitados. E fico a sorrir, Das diversas canções Que chegam até mim Para vibrar o dia E revelar sentimentos Que nunca são o que são Mais pré-existem, Disfarçando os nossos Desejos e desesperos. E de grão de estrela Viro cometa E quando passo, levo. Os pedidos de todos Aqueles que um dia Serão completos. Copyright @ Carmo Senna, 2007