Gostaria de ser tão criativa quanto o poeta Fernando Pessoa, que usou seu heterônimo e conseguiu um belo poema sobre o dia de seus anos. Embora, não consiga ser boa ao escrever sobre o dia que em todos os anos comemoro a chegada desses meus anos, hoje, exclusivamente hoje, acordei e me olhei no espelho de modo atento, perscrutando aquela imagem, que nunca reconheço. O que é o tempo? Não sei precisar. Sei que quando coloco um minuto no microondas para esquentar qualquer coisa para comer, ele parece desacelerar para assim me irritar e concluir que um minuto é muito para quando estou com fome. Mas, quando esse um minuto significa uma conversa no WhatsApp, coisa que não existia a uns anos atrás, parece que ele passa rápido, nem pisquei os olhos e a mensagem que enviei e aguarda resposta, está lá a mais de um minuto causando o mal de todos nos tempos de hoje: a ansiedade. Ok! Você dirá que perder a paciência com o minuto do microondas é ansiedade, concordarei. Só que quando es