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Mostrando postagens de outubro, 2011

Panem et Circenses

brassai Que dia foi esse Que te trouxe bela Serpenteando para dentro de mim Invadindo meus mundos com aquela imagem imperfeita Da sua perfeita forma Eu ali esperando                                                    um abraço Perdi-me em tantos braços Mas nos teus existe                                                       Espaço Onde me deleito E esqueço o cansaço Hoje vi que faltava um pedaço Na despedida nosso penúltimo contato meu coração Ofegante e disparado Notou abismado que Em todo lugar meus olhos Procuravam seu rastro Então o que é sentir falta daquilo que nunca                                                      Se teve É ter o peito dilacerado Toda vez que olho E vejo que não tenho                                                  Você ao lado

Eu, Modi

amadeo modigliani Meu corpo jaz sobre a neve E o branco do vestido da noiva Que me espera no fim da estrada De vermelho tinge a noite Os flocos caem sobre meu bebê E seu rosto respingado de azul Celeste, é o nome Pintarei seus olhos Quando neles descobrir o segredo De sua alma Meu corpo jaz sobre a neve Os passos que me precedem São ecos do meu futuro Do filho natimorto que carregaste no ventre sangue escorre por minha boca Meu rosto tem a maquiagem Borrada O pranto desfigurado Onde O eterno não é infinito Mas infinito se eterniza Em mim (Para Modligliani)

Blanco y Negro.

Renato Imasaki Antigamente me sussurravam Pelos cantos da casa grande: Você, jovem vagabundo É cidadão do mundo. E eu acreditei nessa falsa Verdade…  Todos os que quero,  lá foram! E eu que sonhei, com Castela, Cairo e Lisboa Aqui fiquei . O avião pousa e volta a voar. Dentro dele as areias que Coloquei em cada canto Escorrem como as espuma das Ondas na beira do mar.

le passé

carmô senna ser dessa sebe força é não esquecer que sentir brota sôfrego aos cálidos desejos de frias palavras e bocejos adejando ao vento o amor que não faz ser é sofrer pelos belos, olhos teus que não vou ver. (tentativa de construção pós manuel de barros: "O maior apetite do homem é desejar ser. Se os olhos vêem com amor o que não é, tem ser".)