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Mostrando postagens de 2008

Sambinhas Conjugais

Fiquei umas horas falando de você com seu melhor amigo, vai saber o porquê? Só que já são quase uma década que a gente é assim nada haver com tudo meio baticumbum e tamborim... Mas roubar essa Garota De Ipanema da cidade. É se fazer de Redentor. Não sou de Tom maior, nem quero ser. Sou bom vagabundo, mas não bati em você. Pra mim é muito perigoso Misturar essa água ardente Com encontros conjugais de serpentina. Saio como o santo por ai na madrugada Valsando. E cada malandro esperto sabe que o pau aqui é oco. E não te quero marcada, me esperando em porta de bar. Largo o morro, viro gente Troco o samba pelo sacro se for pra ser. Mas por enquanto fala pra tua véia Me errar e parar de encher!    

Seu Nome um A...

Reflete no espelho o gosto imperfeito Do peito de um carioca, Que resolveu que não lhe cabe mais Falar dos seus As...   Diz-me que manda a razão Pra algum outro proibido lugar. E juro que nem eu sei Se lá ela há de ficar. Pois nunca ouvi viv’alma que Entre o céu e o inferno Conseguisse deixar esses dois opostos no Mesmo lugar.   E com o A..., toda a loucura pode acordar Mesmo que apenas seja algo pra enganar O talvez similar, vai cantar. E isso, em outro momento poderia revelar Mas sem os floreios belos, que o A... É apenas mistério dos nossos afobamentos. Então só me basta recordar O velho Poetinha   que diria: SARAVÁ! E pediria benção a esse Que sem querer acabou de nos revelar Que ter A... é diferente de ser A...

TransVirado

Eu desconjuntado, Recoberto de pormenores e advertências Com remédios, de tarjas multicoloridas Um cigarro que me amarga a garganta, Uma meia dúzia de duvidas, uns Livros, umas frases e café.   Eu com reticências e exclamações Num quarto escuro, em alguma casa! Com bossa velha tocando Esperando, junto com os ponteiros O dia acabar, e mais sei lá.   No acaso do tempo, melancólico Sozinho enfadonho. Eu um folhetim desmerecido pelas traças Mas apreciado pelo infinito.  

Oferendas ao mar

Todos os anos As mesmas simpatias de sorte. Uvas, roupas brancas, Folhas de louro, lentinhas... E eu queria lhe dizer, querido. Que nesse ano Meu passado não vai Interferir no futuro! Meu olhar tristonho vou deixar de lado. Os amigos?! Bem, esses vou tentar guardar Ao máximo! Sem vantagens, sem promessas Estou toda endividada, Mas não chorarei uma lágrima. Se foi criado um mundo em sete dias Posso criar um rumo em menos de Sete Horas. Não fiz simpatia, não joguei flores pra Iemanjá Não pulei sete ondas, não vou desesperar. Pois o meu olhar do novo ano É como o mar.