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Mostrando postagens de setembro, 2011

manhã...

Uma manhã comum, onde me dirigia sempre ao mesmo café. Desde que Inês fora embora, não tomo mais café em casa. E religiosamente sigo para uma cafeteria charmosa ao lado de casa. Os garçons já me conhecem, eu sou o homem magro, de olheiras profundas. Ao menos acredito que eles sussurrem entre si essas palavras para alegrar o dia, pondo nomes aos clientes costumeiros. Meu pedido também nunca muda, basta apenas me sentar que eles vem me servir um croissant com queijo e um expresso duplo. Fico ali, por algumas horas da minha manhã, observando os clientes inusitados e os de sempre. Outra mulher, de meia idade sempre senta a minha frente, tem horas que a visão repugnante do modo como ela come me enjoa ao ponto de me fazer levantar, pagar a conta e ir vagar pelas ruas. Hoje é um dia comum! Ela esta lá, gorda, branca, de rosto vermelho, com o nariz de porco, vestindo sempre um vestido florido, de cores berrantes. Cabelo vermelho desgrenhado, dessas tintas que com o tempo vão ficando ala

Sonhos

http://andreacarvalhostark.blogspot.com/  Sempre é o vapor da chaleira que embaça a janela e turva a visão, que ainda semi serrados os olhos, procuram através dos rastros, os movimentos passados do soldado de chumbo. Rememorando a vontade de percorrer, pontes que se içam levando-me para cantos escuros, a procura do cheiro... E a manhã vem chegando mansa, e o sono permanece no corpo mais magro, mas de vontade inteira. Desejos são imperiosos, vontades não realizadas, carregam interno fogo brando, mas fogo. Há prazeres, que nos tornam escravos. E é pelo açoite d’água de um Nilo imenso, que bate a porta e invade canais desconhecidos que afogam-se vontades insatisfeitas. E o corpo vibra a lembrança do toque, da força bruta delicada de revirar de ponta cabeça qualquer reinado próspero, pois não há gozo maior que o poder de controlar entre ventres o magma que queima o corpo na erupção conjunta. E as marcas do pé no chão põem as cartografias de volta ao lugar. Os deuses pag

sais-je?

Francisco Guerreiro pela primeira vez tent'ontem imagem assola , de livros dei e dedicatórias deito que. não sei, nem quem fim seus novos. apenas comprovo sentimento estranho que cada dia mais, hoje, sou poeira. esfarelando-nos-os entre mãos, [in]visíveis doridas de mil patas nervosas que queira reter, vozes, peles, pelos, vezes de plusjamais toucher. faz-se sol, e me adentro ao ferro fogo. e grita: aplaca! dor que persegue dias.

nada.

mckean felicidade, vende-se em papel amarelado.