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Mostrando postagens de abril, 2006

"Toque"

Um violeiro Um cachaceiro Um amor verdadeiro E eu apenas um A acreditar na cigana Que fala sempre ao meu coração Ele onde estará? Pois um dia a de amar Mas quem tem certeza do destino Meus olhos vivem a brilhar Meus amores guardados na gaveta ao de voltar E a única coisa que quero é uma canção Para me livrar de vez da minha má sorte Um brasileiro Um cancioneiro Um mineiro. Copyright @ Carmo Senna, 2006

Um estado interessante

Hoje estou cheia de graça A música que tocava no radio Era a nossa canção de despedida Mas ela não me trás más recordações Sou carioca em estado de paz Quero os casais nos beirais das janelas Suspirando ao me passar cadenciado Sendo eu o bailarino engraçado Das noites de amor dos Amantes secretos Eu O Ti amo guardado na voz Do menininho que da flor Para a professora, seu primeiro amor. Eu sou a voz, a alma De todo Rio de Janeiro Feliz... Copyright @ Carmo Senna, 2006

Desculpa a demora, mas eu amo você...

Sempre que choro chove Hoje chove e faz frio O frio sai de mim Ou dos fantasmas que tentei expulsar Hoje comecei a amar, Mas não encontrei Linguagem certa e nem aquém dedicar Meus sorrisos se foram No momento em que eu pensei Ele não vai mais aparecer E que falta faz, esse colo. Invisível que nunca precisei Mas agora acalento nas dores As palavras que nunca lhe dei E assim como o verão foi embora Você foi e só me deixou saudade... (depois desse tempo todo preciso de você e não sabe o quanto doí descobrir que não disse EU TE AMO quando você precisava ouvir...) Copyright @ Carmo Senna, 2006

Interminável

Não devia ter te abandonado Quando falei que era eterno E me entreguei a outro Sei que você sofreu Mesmo fingindo sorrir Não posso dizer que sou Infiel a seu sentimento Mas sou leviano quando quero As musas nos cabarés e Picadeiros que as Ilusões de um circo sem cor Me da. Você sempre me amou E continua me amando Burro e sem coração Eu sou que brinco com seus Sentimentos... Dias que vão passar Amor que vai voltar Nunca se extingui a chama Isso sou eu Elevando você para as Luzes dos meus cegos olhos. (PARA VOCÊ) Copyright @ Carmo Senna, 2006

Ego do Idiota

Vamos nutrir os egos dos deuses Mas sempre existe uma forma De ganhar nesse jogo. Eu nunca sou má nem boa Sou o meio termo da realidade E isso é transparente para vossos olhos Choro quando quero, engano mercadores. Compro Veneza e suas paixões em um arremate, Mas não brinque com meu coração. Ele não é de papel, muitas vezes vira aço puro. Esqueça a solidão, a imaginação. A sua altivez é o que caço como lobo Não transformo a presa em alimento Faço apenas o que os poderosos mais apreciam Brinco com a alma e o sentimento Através de minha poesia. ** Dois poemas hoje, pois são dois momentos em um só coração. Copyright @ Carmo Senna, 2006

Meu Solitário

Eu vou sobre as águas Levando comigo o vento Sentindo na pele o tempo Que finda em nós De tanto me perder em teus olhos E me encantar com as carpas nas nuvens O luar vai me guiando Sua luz o meu vestido Banhando o meu espírito Necessitado de sossego Sedento por tempestades Cultivando calmarias E esperando a Liberdade De não amar mais... (aos meus olhos, que fogem e estão distantes, que amo e sempre vou amar) ** Dois poemas hoje, pois são dois momentos em um só coração. Copyright @ Carmo Senna, 2006

Minha solidão em esperar...

Hoje a poesia é minha Mas a alma não... Perdi na mão do destino Quando enlacei a minha vida A essa existência em verso. Eu quero a volta de um coração Que de tanto voar para outros oceanos Perdeu-se no caminho do regresso Preso ficou num desses paraísos Onde a solidão se dá em árvores Preciso de um coração, Que me traga de volta. A realidade já é fugidia Para alguém que vive de pinturas Mas ainda pode amar, Sofrer, chorar, gritar. Mas se alegra com simples da Vida. Copyright @ Carmo Senna, 2006

Anônimo em Fragmentos

Não quero o anonimato Sou parte daquilo que escrevo Perco-me em devaneios quando Penso em ser poesia minha Sou delírio apaziguado Tentando escrever versos Curtos sobre tudo Mas não consigo Meu coração é vagabundo E faminto por amores impossíveis E tento achar a medida certa Entre o Universo e o amor. Grafando em muros de diamantes Os segredos das Estrelas e seus amantes Contados em Noites quentes Para amores Iminentes Onde essa valsa delirante Encontra a eterna forma de querer Ser e estar em você. Copyright @ Carmo Senna, 2006

Última Guerra

Imagine se todos os poetas Caíssem na desgraça de não existir As idéias mais brilhantes Os amores que fermentam o mundo Acabariam em pó. A idéia de ter um universo e não poder ser É como viver a beira de um abismo A espera de uma verdade que nunca chegará Solidão que corrompe minh’alma Arrancando meus segredos Destroçando esperanças Jogando-nos ao medo do infinito em nós. (minha forma de expressar raiva pela advertência de um amigo) Copyright @ Carmo Senna, 2006

Desconhecido

Gostaria de ser a cor dos teus olhos Quando eles estão em dias de maresia Esquecer as ferramentas para brincar com tinta E pintar borboletas amarelas no seu corpo Não conseguindo viver sem um poema Interpretado por nossas respirações rápidas Nossos sumiços e meus desesperos Repudiar e me encantar por qualquer outro Que tenha a nota certa para minhas palavras Onde o mundo se resume ao o que crio para você E o que pode criar para mim Vivendo em uma atmosfera diferente Entretanto sentido que você não está no meu planeta Ou que seu país não pode ser visitado Escolho entre os poetas ingleses aquele que mais Entende da alma humana E ainda me encontro sozinha Amando e construindo um santuário De fingidas esperanças e paredes de sal. A única coisa que faço nesse estado de espírito É rezar para construir um mundo só seu... Copyright @ Carmo Senna, 2006

Meus versos rasgados

Com a ira invisível Da minha total inocência Escalando montanhas de areia Enxergando falsas verdades Dentro de mim, ainda assim... Não aprendi ainda a amar Nem sou poeta ou malandro Trancando os gritos mudos Dentro dos olhos vermelhos De lagrimas de tinta. Alcovitando minha própria escolha Ao meu desespero Sendo o senso errado da lei Escrevendo meus versos rasgados Para qualquer quadro abandonado . Copyright @ Carmo Senna, 2006

Março Esquecido

Viver de ilusões passageiras Amores tardios e distantes Crescer ouvindo o cantar dos fantasmas Chorar na idade avançada Pensar que o céu e você São coisas distintas. A coloração se perde, Nada mais é fugaz Os amantes são palavras e belos rostos Esquecidos na estante empoeirada Aonde o ir e vir, se transformam na inércia De achar que o amor pode bater a porta. Copyright @ Carmo Senna, 2006