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Mostrando postagens de novembro, 2011

ciao

munch Tudo que quero é tão pouco pulo mundo cadafalso escolho e me desfaço labirinto onde em todo fundo fundo infinitamente abismo de abismada escolha triste olho do cimo a ponta ponteágudos da minha voz rouca de entregar estrela ao mar vazio.

samo

  basquiat    Pedaço por pedaço monta-se espaço perdido amordaçado mudo por mudanças de um quebra-cabeça amaldiçoado que pulsa estilhaçado e faz do pulso tinta da tinta a coroa que transpassa fere rasgando o que de mim muro papel branco é matéria prima. same old shit* = samo

chasing light

kertés Não desligo o computador em meu quarto fazem anos, não entendo porque essa rotina. Não é vicio, não é por estar lá e conversar com quem não posso tocar. Simplesmente é eco. De uns tempos para cá tenho relembrado mais a gente, dos apelidos trocados e de como tudo mudou. Parece que não existe aquele fascínio de ficar lá me esperando falar, esperando minha próxima vírgula, gargalhada, música. No momento em que saiu por aquele portão, eu comecei a voltar as minhas raízes, escutar meus sambas, arrumar a casa, perfumar, trocar as flores e as roupas de cama, sabia que o próximo a entrar por aquela porta, e entrar na minha vida não seria mais você. Por que eu tinha tanta certeza? Não sei explicar. Mas carregava o peso comigo, como se carregasse um defunto que me esqueci de enterrar. Viúva de homem vivo é a pior das sinas. Viúva de marinheiro galego ainda mais. Pois sei que não sou a verdadeira, sou apenas mais uma das estradas. A limpinha, de família, falante... Entre

expletiva-se

O passado toma rumo volta ao presente e não crê que passa passando por mim rosnando dúvidas exclamativas   indicando em afirmativas   cobranças com futuros pretéritos ecos   do passado gelado que impera no presente   verdades dos momentos   mais-que-imperfeitos e no fim desmente e mente a palavra ficando no vão os subjuntivos perdidos da mente passada su blackwell

chamada

desconhecido falta faz falta e falta  feita faz  na alma  a falta da forma que na mente a falta  latente transforma  em dolorida falta presente. no fim amar traz falta da gente.

Prévert II

 lautrec  Chanson   Quel jour sommes-nous Nous sommes tous les jours Mon amie Nous sommes toute la vie Mon amour   Nous nous aimons et nous vivons Nous vivons et nous nous aimons Et nous ne savons pas ce que c'est que La vie Et nous ne savons pas ce que c'est que le jour Et nous ne savons pas ce que c'est que l' Amour . Canção Que dia somos nós Nós somos todos os dias Meu amigo Nós somos toda a vida Meu amor Nós nos amamos e nós vivemos Nós vivemos e nós nos amamos E nós não sabemos o que é a vida E nós não sabemos o que é o dia E nós não sabemos o que é Amor.

Orlando

soutine Entre as marolas e a espuma Meu rosto salpicado de sal Traduz alegria. De querer que o vento sopre Uma palavra ao tempo que traduzida em desejo Vira um século de beijos. E onde esta você Que dança a cima da minha cabeça Com a chuva, a banhar os cachos Que são como perolas em alto mar? Vai saber onde foi parar Sem caber de imaginar, Por quanto tempo Na vida tem para levar. E assim vamos saber, No fim da noite o sereno vem Nos velar, e assim deixar Envolto ao mar um amor De dois a passear.

Sulcos

  soutine  É algo tão específico, um violão de sete cordas, de madeira de jacarandá. Seria essa uma das minhas obsessões? Tenho algumas tantas, e outras tão poucas que olho pro prato de comida, e não esta completo. Os nutricionais diriam que meu prato de comida não falta especiarias, mas sempre falta! Pois fico entre hemisférios e oceanos, cidades, rotas, trilhas e, claro, sonhos. Hoje saio na rua com a cabeça erguida, e não com os olhos fugidios de quem fez algo de errado na noite anterior. É como se diz na gíria, amarra a bandeira na cabeça, e pela pátria. E meu país, próprio precisa sorrir. No caso o riso vem pelo sabor, o sabor dos outros é tão melhor misturados aos meus. Será que me tornei um produto, como tantos corpos? Ou fiz desses outros corpos um produto? “- Sabe do que eu gosto no conto? A falta de compromisso. É tudo muito rápido, sem formalidades, sem muito tempo gasto com apresentações e futilidades. É como um encontro casual, que dura só aquele temp

warm gun

soutine Não apaga a marca besta fera emparedada que borra o rosto com lágrimas doces da chuva que lava a carne putrefata ela deita e regurgita dor inteira sem nome deita e recosta boca no cano frio do revolver que o outro brinca com a sua insignificante roleta russa vida

Medo medo, peur peur...

Incandescente indecisão no peito arfante, que sôfrego caminha na escuridão dos desejos. Onde subjugo devaneios De outrora Transformando fantasmas em imensos hall’s de saudade. Que colhidos nos teus beijos febris onde delicados lábios Escondem mares profundos de destinos abissais. Que com meu corpo faz um címbalo sacro. Um instrumento reticente, mas amplo de expectativas infrutíferas nos pomares de meu vermelho  amor de madrugada.

4 Lunares

 pluto  cada dia uma volta estelar onde as cicatrizes aumentam trazendo as quatro novas bombas frias da guerra que você, soldado não travou. apenas desaguou no mar perpendicular de pó antes mesmo de ao chão chegar e evaporar os pesticidas tua pele já era comida. pelos que invadem a noite com os zumbidos frios das moscas origamis. e a parte mais significante de ser noite se perdeu no momento que virou: Luar!

Tristão por Isolda

   pollock  [Triste] [são] teus passos falseados em equilíbrio de bambos sonhos. Rodeado do trágico Destino eterno. De infinda alegria infeliz em todo finito. Apaixonado, por pés vermelhos na falta plástica de um nariz palhaço. Enganado, rejeitado sempre encantado. Na alma de poeta, cujo verso não correspondido vira doce deleite, acalentado, no momento que tuas mãos preenchem as minhas.                                          

Lixo

dave mckean Às vezes tudo é folha Em branco Manchada de tinta Azul ou preta Assim Como os sentimentos Humanos e mundanos. Cansados de driblar o destino Mas também querendo esquecer Que o céu e o inferno São o claro e o escuro. Deixa quieto o Mundo! Nada é o que deve ser O errado é bom? O certo nada mais é que Um malfeito melhorado? Tudo no lixo Poeira Sono Sonho Amor. Copyright @ Carmo Senna, 2006

"Felicidade"

dave mckean existe indivisível  entre mim e o abismo  a fila sem fim dos demônios descontes no amor   que não olham para baixo  por medo que seus amores  sejam monocromáticos  pois a felicidade  é formada com reticências e suspiros  nuances de cores dos seus olhares  outrora furtivos  desse modo não caminho  fico lá  louco sozinho perdido  esperando que constelações nasçam  do seu riso.   * "A Fila Sem Fim dos Demônios Descontentes no Amor" - pichação na parte externa da subida da Perimetral .

Braseiro de Ilusões

desconhecido   Num lamento calado Choram pelos cantos As meninas por perderem Suas bonecas Os amores por perderem Sua imensidão E nesse espaço de destruição Os escombros pelo chão Não vão machucar mais Pois a guerra finda nos corações. E com essas meias declarações Perdemos a verdade Disfarçada em subjetividades De carinhos implícitos E desejos explícitos... E assim Cada passo dado vira passado. Um passado, Salpicado de lágrimas Tentando desse modo Não adormecer e findar Como uma fogueira Sobrevivente ao furacão Que outrora fora Nossa primavera de alegrias E ilusões. Copyright @ Carmo Senna, 2006

Miss S.

betty friendan / desconhecido Miss S, Miss S, Se apaixonou por Lord P. Miss S, Miss S, Não consegue parar de sofrer. Ele lhe disse, ela leu e releu Aquela frase, que a preencheu. Miss S, Miss S, Se iludiu com Lord P. Miss S, Miss S, Ele não ama você.