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Mostrando postagens de 2005

Café, Caneca, Canela e Chocolate

Quando se compra um presente Brindasse com a alma A alegoria do inusitado Contraste entre escolhas. Apresenta-se aos levianos O gosto que pode ser amargo Sem açúcar, sem especiarias. Pois é preto. Acabasse por se desfazer Na boca quente Ao leite ou meio amargo Mas sempre torrado. E nessa maravilha aromática A tal surpresa embriagada Esbarra na louça Feita de saudades Que arrebentamos com rápidas palavras Francesas de despedidas Onde o inusitado já ocorreu O aniversário fora lembrado. Ali continha embrulho, laço Cor, cheiro e intenções. Que da parte do mercador Não apareceu a tempo do bolo. E nisso tudo o que É igual ressurgi Num simples dialogo Entre a espuma e o grão. (Para Daniel Viana. Em homenagem ao meu presente de aniversário que nunca chegou). Copyright @ Carmo Senna, 2005

Conversa de portas fechadas

Bebo Injeções de paixão e cafeína Dias de ilusão e creolina Onde estará a criança Na UTI da esperança... Esperando o circo passar Agora fala criatura muda Que num diz uma palavra Só sussurra Fala da vida Da beleza Da dor e da avareza Mas fala homi O que faz a essa hora? Criança devia ta na escola Aprendendo com sonho e com a noite Mas como sempre, criança levada prefere a madrugada. Não vai sussurrar, nem cantar, nem gritar?! Porque eu só entrei na internet pra mode prosear Com o dono da minha alegria Bem vou puxar a lona... O circo passou e não me levou E meu amor foi com ele, e nem notícias mandou... Dor de desespero e aperto no peito Inté menino, inté! (Foi desse poema que surgiu a música "Inté menino") Copyright @ Carmo Senna, 2005

Presente (Inté menino)...

Você brincou de me fazer feliz E agora sai de cena Bem... vou puxar a lona... O circo já passou não me levou E meu amor Foi com ele, e nem notícias mandou... Dor de desespero e aperto no peito inté menino, inté... Pra quem espera sorrisos, caprichos. Não sou sedutor... Comprova com dor que é mais fácil viver fugindo... amor (Música escrita por: Monique Alves, Daniel Viana. Com uma pequena participação minha) Copyright @ Carmo Senna, 2005

Telefones e susurros...

Assim como toda história tem Seus momentos infelizes Assim como toda traça pode comer o Livro dos dias Nossos momentos infelizes São parte de tudo Que a primavera viveu E em poucas formas O verão vem devastar As fotografias mudaram de posição As preocupações e amores Tiveram seus dias de gloria E de lágrimas Mas como tudo que nasce Ressurgi de formas diferentes Somos Fênix. Seres alados como os anjos Ou apenas pássaros que Buscam correntes de vento Que os levem pra longe Onde só a brisa de acordar Transforma nossa estadia na vida De muitos A eternidade de um chama. E dessa forma buscamos os olhos Nas cartas que devem Voltar ao lugar de destaque Já que nada tão forte pode Se dissolver com a cegueira dos HOMENS... Copyright @ Carmo Senna, 2005

Dedicatória ao Doutor "dos risos"

Sonhei, Apenas a meia luz de uma Vida inteira que poderia Ser de Sorrisos Mas ela agora é feita De Silêncios Grande nome pra um personagem De livro de cabeceira Só que dessa vez não É poeta Dessa vez não É palhaço E nessa história toda Os fantasmas povoam Uma casa vazia Que não se importa Em ter 1000 Ou 0 Mas para de escrever ao vento Os sonhos De outros, ou sim É verdade os Sonhos Que pensou ter São fragmentos De pétalas de rosas Onde a dor de escrever ou Então compor Se contrapõe ao orgulho Do imprevisível estampado De cor em cor Foram se quadros Do artista plástico De palavra em palavra Foram as esperanças do errante Natal enfadonho que Se aproxima do não espírito Natalino genuíno Nunca existe presente Aniversário Dia dos namorados Fim de ano Apenas datas Que não contam no vocabulário De quem faz sentimento “Lido” A intenção do tal Mudo sonoro Que grita a cada música De despedida é igual Ou o mesmo Da de uma fotografia Em preto e branco Podem se ir os dias Com aromas exóticos Ou tru

Crias

Não posso escolher As formas de viver Sem entender que Retratos e fotografias Não revelam nada sobre as expectativas e aquecem em diferentes formas O jeito de interpretar palavras diversas De fazer um conto sobre a solidão Sobre a mesquinhez e sobre O são. E o que leva o louco a escrever sobre a vida É a forma como a mesma é Apresentada a ele. E apesar de extremamente Alheio às demonstrações de raiva Não se deixa abalar com os casos mundanos Dos seres que se dizem Artistas e nada além de mentiras Neles demonstram vida. Copyright @ Carmo Senna, 2005

Sorriso Italiano

É enigmático o aroma da manhã ao lado dela, seu rosto tranqüilo persegue minhas lembranças. Lembranças essas que eu não poderia ter, pois nunca vivi em sua época.Mas seu belo sorriso me fez olhar pra mim de forma diferente, e tentar entender em seu retrato se a mesma imagem se reproduziria em outra pessoa, da mesma forma. Mas isso é um risco que a pintura nos oferece. E assim também é com seu sorriso. Poderia ser a imagem de qualquer coisa, os enigmas do mundo podem se perder nos seus olhos e se encontrar na sua boca. Será que pra mim seria as respostas das minhas mundanas perguntas? Ou a face de uma nova peregrinação pra me autodissecar? Seu estilo de vida, suas impressões do mundo ficaram gravadas naquele sorriso, que ao meu coração só trouxe admiração... Esses são os sentimentos de um dia de pegadas diferentes, décadas diferentes, escolhas diferentes. Entretanto os mesmos amores, os mesmos sintomas, os mesmo livros, os mesmos erros, os mesmo sonhos... Só seu sorriso fez remover algo

.Com

Na guarida da manhã Rogo um pouco de paz Mesmo que a beira De uma solidão tardia Encontro na lagrima ainda morna O fulgor da esperança de olhar o mundo Através dos meus olhos Que outrora diziam os boêmios Eram teus olhos Mas eles sempre foram meus! E nessa pressão artística Que o lar de quem escreve Cria Vi nascer uma fértil torrente De dor e esquecimento Que em três segundos Levou embora a minha vida Arrependida De dogmas ultrapassados De chagas invisíveis Esclareci meus temores Em um gole de mim Me vi bebida com meus Próprios soluços Mas isso só fez ver que Sendo eu malandro Consigo perceber que A felicidade está Na cadencia do samba De uma alma Puramente Carioca. Copyright @ Carmo Senna, 2005

Paralelos Pensamentos

Depois de 24h e ilusões delirantes e extravagantes. Encontrei a verdade em ser autor, não corresponder às expectativas do meu eu inconsciente e me subverter a monólogos enfadonhos sobre o autor do acontecimento trágico: escrever sobre mundos paralelos enquanto quero apenas escrever sobre formas diversas... Complicado?! Ai estava eu a andar pelo Rio de Janeiro atrás do novo jornal pro povo, essa mídia alternativa intitulado “Q!” Nossa como andei. Até quem enfim encontro os vendedores com camisetas coloridas (acho que eram) com a logo. Perguntei quanto custava, apenas R$0,75. Tava toda empolgada. adorei a coluna “Mix” que li na internet. Cheguei ao meu destino trágico ela só é as terças... Escutei minha mãe dizendo nessa manhã fatídica de feriado “desproveitado” esse Jornal é horrível! Ricos pedantes!(Logo penso nessa frase) ela lê o “JB” Mas voltando ao assunto de ser autor, existe uma complicação iminente: meus personagens são fugitivos, psicóticos, ladrões de causas nobres, putas, bêb