Pular para o conteúdo principal

Café, Caneca, Canela e Chocolate

Quando se compra um presente
Brindasse com a alma
A alegoria do inusitado
Contraste entre escolhas.
Apresenta-se aos levianos
O gosto que pode ser amargo
Sem açúcar, sem especiarias.
Pois é preto.
Acabasse por se desfazer
Na boca quente
Ao leite ou meio amargo
Mas sempre torrado.
E nessa maravilha aromática
A tal surpresa embriagada
Esbarra na louça
Feita de saudades
Que arrebentamos com rápidas palavras
Francesas de despedidas
Onde o inusitado já ocorreu
O aniversário fora lembrado.
Ali continha embrulho, laço
Cor, cheiro e intenções.
Que da parte do mercador
Não apareceu a tempo do bolo.
E nisso tudo o que
É igual ressurgi
Num simples dialogo
Entre a espuma e o grão.
(Para Daniel Viana. Em homenagem ao meu presente de aniversário que nunca chegou).
Copyright @ Carmo Senna, 2005

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Amor CU

autor desconhecido - Dar o cu dói? Dói. Então é a mesma coisa... - Ah! Mas o que isso tem haver? Na hora que esta tudo dentro e em movimento esquecesse a dor.  Será que e assim mesmo? O amor, esse sentimento medonho, contagioso, aidético é doloroso e prazeroso como dar o cu. Bem, ao menos quando se come um cu bem, a dor incomoda passa para a sensação de sentir o outro pulsando dentro da gente. Como se o coração estivesse ali, irrigando você de um algo muito maior que a dor. Mas o amor, o amor nem sempre traz isso, ele carrega uma paz e uma guerra que não conseguem uma trégua. Como conjugar e respeitar as escolhas d'outros se em nós os impérios devem se pacificar e sair de sua crise rotineira, para com pactos parcos estabelecer a paz no pós-guerra. Dar o cu é o pacto pós guerra. Deu o cu uma vez e gostou vai sempre querer dar de novo, ele vira a rendição do já rendido e do amor. Mas amar, bem, se amou uma vez gostou e doeu, bem ai não se tenta novamente.  Volto a pen

TAKE AWAY

  

Escadas do CCBB

Contamos nossos segredos Em uma sala imaginária Onde todas as angustias são dilaceradas Nos resta apenas observar e aprender um com o outro Sempre valorizando o conselho dado A escolha feita por cada coração. Não importa os limites impostos Pela sociedade, nos acostumamos a quebrar. As nossas barreiras para as conversas Somos acompanhantes nesta selva De palavras que nos torna cada vez Mais amigos E o que nos liberta e aprisiona São as linhas, letras e formas tão Suas e minhas Que é quase impossível avaliar Onde começa eu ou termina você. (Ao meu amigo Dantas que não reconheceu seu verso em outro poema) Copyright @ Carmo Senna, 2006