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Mostrando postagens de março, 2017

fragmento para Bom Jardim...

“(...) sabes, eu vou morrer. Com todo o carinho que me tens devolvo-te agora. ” Assim, pelo fim que começo a notar a mosca grávida do tempo, mas não cheia de suas liberdades e de seu mosquear. Ela está presa, presa naquele olhar anguloso, felino e predatório, que se transforma em várias garras e dentes, no seu olhar prismado. Comecei a me pôr no lugar do seu gato, tentando apreender o cheiro da chuva que deixou o tempo abafado, no seu 18 de janeiro de 2017. Por onde será que andou esse envelope, ou o olhar contemplativo do autor da carta. Eu sei que o meu persegue a mosca, a mosca descrita no papel, o gato que a percebe e a casa de plástico, onde o rapaz não me descreve como é, pois não há algo impactante para se revelar do espaço. O impactante é ele! Estou enferrujada com as letras, escrever virou algo doloroso e dolorido, os ex-amores me engessaram, pois descubro que tudo que amo acaba sendo de um impacto na vida do outro, tiro de mim os tijolos para construir a paz de