Sempre é o vapor da chaleira que embaça a janela e turva a visão, que ainda semi serrados os olhos, procuram através dos rastros, os movimentos passados do soldado de chumbo. Rememorando a vontade de percorrer, pontes que se içam levando-me para cantos escuros, a procura do cheiro...
E a manhã vem chegando mansa, e o sono permanece no corpo mais magro, mas de vontade inteira. Desejos são imperiosos, vontades não realizadas, carregam interno fogo brando, mas fogo.
Há prazeres, que nos tornam escravos.
E é pelo açoite d’água de um Nilo imenso, que bate a porta e invade canais desconhecidos que afogam-se vontades insatisfeitas.
E o corpo vibra a lembrança do toque, da força bruta delicada de revirar de ponta cabeça qualquer reinado próspero, pois não há gozo maior que o poder de controlar entre ventres o magma que queima o corpo na erupção conjunta.
E as marcas do pé no chão põem as cartografias de volta ao lugar. Os deuses pagãos têm fome, de alimento novo de caminhos novos, que dedos, mãos e línguas percorrem vezes por impérios ganhos, vezes por derrotas aceitas.
As bastilhas não mais existem. Mas o cheiro é o mesmo, que invade poros e enche o ambiente, onde se reconhece o outro. E se permanece Estocolmo. Mas por vontade do que por ordem de fatos.
Falo! Essa verdade implode às vezes em sussurros, por vezes em gemidos que não sabe se calam ou gritam desejosos, vontade do outro, minha vontade... Não se sabe mais.
Apenas avanço nas pré-liminares do pré-limiar do corpo nosso.
Apenas avanço nas pré-liminares do pré-limiar do corpo nosso.
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