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Hiroshima de um amante

Valorizei de mais
O desconhecido
Me tornei Napalm
Para os amigos.

O dia seria perfeito
Se até os desejos
Fossem bombas
Suplantando a razão.

Ainda não nasci
Apenas cresci
Querendo viver...
E para os que sabem:
Poetas são amantes
Mas eu sou ainda infante
Nesse picadeiro de emoções

E trazendo as tormentas
Chegam os meus fantasmas
A soleira dos sonhos.
E insone a esperar
A criança da noite
Observa o universo
De dentro de minha
Solidão.
(Para todos os amores vividos)
Copyright @ Carmo Senna, 2006

Comentários

  1. Como assim "queria escrever como eu"?

    Escreves muito bem, menina... e não se importe se a primavera passou... lembre-se que depois dela vem o verão! E o sol traz tanta coisa boa... que o diga José Lins de Rego, Graciliano Ramos, Jorge Amado...

    E o pierrot vira arelquim!

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Amor CU

autor desconhecido - Dar o cu dói? Dói. Então é a mesma coisa... - Ah! Mas o que isso tem haver? Na hora que esta tudo dentro e em movimento esquecesse a dor.  Será que e assim mesmo? O amor, esse sentimento medonho, contagioso, aidético é doloroso e prazeroso como dar o cu. Bem, ao menos quando se come um cu bem, a dor incomoda passa para a sensação de sentir o outro pulsando dentro da gente. Como se o coração estivesse ali, irrigando você de um algo muito maior que a dor. Mas o amor, o amor nem sempre traz isso, ele carrega uma paz e uma guerra que não conseguem uma trégua. Como conjugar e respeitar as escolhas d'outros se em nós os impérios devem se pacificar e sair de sua crise rotineira, para com pactos parcos estabelecer a paz no pós-guerra. Dar o cu é o pacto pós guerra. Deu o cu uma vez e gostou vai sempre querer dar de novo, ele vira a rendição do já rendido e do amor. Mas amar, bem, se amou uma vez gostou e doeu, bem ai não se tenta novamente.  Volto a pen

TAKE AWAY

  

Escadas do CCBB

Contamos nossos segredos Em uma sala imaginária Onde todas as angustias são dilaceradas Nos resta apenas observar e aprender um com o outro Sempre valorizando o conselho dado A escolha feita por cada coração. Não importa os limites impostos Pela sociedade, nos acostumamos a quebrar. As nossas barreiras para as conversas Somos acompanhantes nesta selva De palavras que nos torna cada vez Mais amigos E o que nos liberta e aprisiona São as linhas, letras e formas tão Suas e minhas Que é quase impossível avaliar Onde começa eu ou termina você. (Ao meu amigo Dantas que não reconheceu seu verso em outro poema) Copyright @ Carmo Senna, 2006