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Simplista

Poetinha ilusionista,
Pobre coitado!
Que de caprichos ensinados
Descobriu que nada é válido
Se não for certa a coragem de viver
Incerto e adorar essa inconstante realidade
De não ter o que quer
E mesmo assim
Querer o que é liberto.
Poetinha esperto, esse amigo seu.
Que acaba de dedicar-lhe um poema,
Mas direto e sinuoso
Que horizontalmente
Podem se ver os pés
Dos amantes inconstantes...

E que estranhamente feliz hoje,
Estranhamente feliz desde horas atrás,
Estranhamente inundado de coisas boas...
Mudou o tempo.
Achou que era eu ou algo ali dentro
E ainda nem sabe o que é.
Mas sabe aonde vai,
E qual ponte desejada lhe aguarda
Ao final dessa jornada

E de Pobre coitado
O poetinha ilusionista
Passou a louco
Apaixonado
Ao novo e então
Poetinha visionário.
Copyright @ Carmo Senna, 2006

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