O conforto estava de ser algo mínimo,
um pedaço de nada em equilíbrio com tudo. Mas bicho, que humano, que fareja as
estrelas para se alimentar. Trazendo-as
para próximo do abismo, e cair, continuar caindo infinitamente dentro de si, e
descobrindo que a paz da queda preenche mais que viver cheio para viver para
alguém.
O que é esse full fou dentro de
mim? Senhor descompassado que regressa imperdoável para o presente como se
todo o universo em buraco negro mordesse os calcanhares do meu coração
inexistente. O passado ensina a viver o presente com menos amarras e menos
medos, entretanto trás mais brumosas escolhas que meu caminho de lodo, composto
de pó de estrelas defloram a cada pisar fecundo e extremamente estéril. Reconstrói
planetas tóxicos de fortalezas de areia e tempestades áridas.
Ao olhar, percebe o vazio negrume
nos olhos, sem vontade de preenchimento de lua ou sol, apenas o confortável
negro ianomâmi de uma existência assumidamente dual. Olha para o lado e
despenca infinitamente desfiladeiros em alcovas. A sombra é sempre mais branda
que a luz, o negro não cega como a luz, só trás o conforto de ser pela primeira
vez, um arcano maior.
Ficou ótimo!
ResponderExcluirMe agrada muito essa orgânica relação com o passado, ao invés de um presente continuo.
ResponderExcluirModestamente funesto. Tem muito a ver comigo. Carmosita querida sempre manda bem em seus textos e me escancara um espelho diante de meu rosto distante apenas centímetros dessa minha cara sem medo e cheia de cicatrizes.
ResponderExcluir