Pular para o conteúdo principal

Desejos

Estranho deitar a cabeça no travesseiro, e pensar o quanto meu mundo interno está pleno?
Hoje um pobre escritor, com algumas taças de vinho e um único pensamento, a vontade furiosa de percorrer os dedos por seus cabelos. Sentir na minha pele, a sua e o sabor do suor, que fica doce quando se está sobre um corpo em um compasso ritmado.
Qual será seu sabor? Quando fecho os olhos e vislumbro esse momento, onde nu percorro seu corpo febril, seu cheiro é de canela, misturado na minha língua de vinho. Ocorre o bouquet exótico e selvagem da pertença sem posses.  Fecho os olhos, e tento tecer como seria se isso; esses vislumbres não fossem apenas um olhar desconhecido, que profundamente fita os meus de passagem e parte levando na íris meus desejos mais profundos, meus pensamentos mais luxuriosos.
Que sabor terá seu corpo? Será que me deixará provar? Qual sabor terá seu corpo quando estivermos um dentro do outro? Qual sabor...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Amor CU

autor desconhecido - Dar o cu dói? Dói. Então é a mesma coisa... - Ah! Mas o que isso tem haver? Na hora que esta tudo dentro e em movimento esquecesse a dor.  Será que e assim mesmo? O amor, esse sentimento medonho, contagioso, aidético é doloroso e prazeroso como dar o cu. Bem, ao menos quando se come um cu bem, a dor incomoda passa para a sensação de sentir o outro pulsando dentro da gente. Como se o coração estivesse ali, irrigando você de um algo muito maior que a dor. Mas o amor, o amor nem sempre traz isso, ele carrega uma paz e uma guerra que não conseguem uma trégua. Como conjugar e respeitar as escolhas d'outros se em nós os impérios devem se pacificar e sair de sua crise rotineira, para com pactos parcos estabelecer a paz no pós-guerra. Dar o cu é o pacto pós guerra. Deu o cu uma vez e gostou vai sempre querer dar de novo, ele vira a rendição do já rendido e do amor. Mas amar, bem, se amou uma vez gostou e doeu, bem ai não se tenta novamente.  Volto a pen

TAKE AWAY

  

Escadas do CCBB

Contamos nossos segredos Em uma sala imaginária Onde todas as angustias são dilaceradas Nos resta apenas observar e aprender um com o outro Sempre valorizando o conselho dado A escolha feita por cada coração. Não importa os limites impostos Pela sociedade, nos acostumamos a quebrar. As nossas barreiras para as conversas Somos acompanhantes nesta selva De palavras que nos torna cada vez Mais amigos E o que nos liberta e aprisiona São as linhas, letras e formas tão Suas e minhas Que é quase impossível avaliar Onde começa eu ou termina você. (Ao meu amigo Dantas que não reconheceu seu verso em outro poema) Copyright @ Carmo Senna, 2006